Em suma, a usinagem consiste em um processo mecânico de desgaste da matéria bruta (ou matéria-prima) que da origem a uma peça de formato específico. A porção de material retirada por esse processo é chamado de cavaco.
A usinagem é uma alternativa a outros tipos de processos de produção, como a moldagem e a fundição.
História da Usinagem
Desde a pré-história o homem já utilizava materiais com o objetivo de dar forma e produzir outros tipos de produtos.
Entretanto, foi somente no século XIX que o aço rápido foi desenvolvido e, junto dele, as primeiras máquinas direcionadas para a usinagem de materiais.
Embora, naquele tempo, tal atividade fosse feita de modo braçal, o processo já havia evoluído e se tornado totalmente diferente de como era feito anteriormente.
Usando uma máquina chamada de torno, as peças usinadas eram produzidas por rotação e delineadas de forma personalizada.
Em 1906, o torno ganhou novos incrementos e passou a contar com um motor. Isso tornou o processo mais rápido e eficaz do que antes. Alguns anos mais tarde, em 1925, surgiu então o torno elétrico.
Com a mesma velocidade com que vinha se desenvolvendo, em 1960, o torno ganhou novas tecnologias e passou a ser automático. A nova máquina realizava a usinagem de uma forma mais similar com a atual.
Entretanto, foi em 1978 que a revolução realmente aconteceu, com a criação do torno computadorizado (CNC). Essas máquinas atuam com comando numérico computadorizado e tem uma precisão que chega a ser tão pequena quanto 1 mícron.
Um mícron equivale a dividir 1 milímetro por 1.000, ou seja, 0,001 milímetro. Só para você ter ideia, um grão de areia normal possui entre 200 e 500 micra. É por essa razão que chamamos esse processo de Usinagem de Precisão.
Atualmente, a usinagem está presente em várias indústrias, como:
• Automotiva;
• Naval;
• Aeroespacial;
• Eletrônica;
• Eletrodoméstica.
Processos de usinagem
De um modo geral, as principais operações de usinagem podem ser classificadas em:
Torneamento
Um dos processos mais conhecidos na usinagem, o torneamento consiste no processo em que a ferramenta exerce movimento de translação, ao mesmo tempo em que a peça gira em torno de seu próprio eixo.
Abaixo apresentamos as variações do processo de torneamento.
Torneamento cilíndrico interno
Aplainamento
É a operação de usinagem na qual o corte gera superfícies planas, produzidas pelo corte em movimento de translação. A peça se move enquanto a ferramenta permanece estática, ou vice-versa.
As operações de aplainamento são feitas com o uso de ferramentas que têm apenas uma aresta cortante que retira o sobremetal através de movimento linear.
Fresamento (ou fresagem)
No processo de fresamento a ferramenta de corte faz um movimento de giro, enquanto é empurrada contra a peça.
Há dois movimentos a serem considerados, o de rotação da ferramenta e o de avanço da peça. Em alguns casos, a ferramenta pode realizar os dois movimentos.
A vantagem desse processo é a variedade de formas e superfícies que podem ser produzidas, a qualidade do acabamento da superfície usinada e as grande quantidade de remoção de cavaco.
Furação
Furação é o processo em que uma broca de dois gumes gera uma cavidade cilíndrica na peça. Este processo tem uma variação, conhecido como alargamento de furo, no qual a broca responsável pela furação também pode ampliar o diâmetro do furo.
Brochamento
O processo é realizado através de uma ferramenta multicortante, capaz de realizar movimentos de translação com a peça estática, e dar forma à peça.
O brochamento, porém, é caro por causa do custo da ferramenta, que precisa ser confeccionada exclusivamente para cada aplicação.
Retificação
A retificação permite a extração de material com um fino acabamento, através de uma ferramenta feita de grãos abrasivos.
Esse processo é de grande precisão dimensional e oferece grau de acabamento superior (polimento).
Fonte: www.revistaferramental.com.br